Em Porto Nacional, uma cidade fundada no coração do país, às margens do Rio Tocantins e que possui uma arquitetura que demonstra harmonicamente a presença do passado e do presente, nasceu Ana Carolina Barboza, uma garota de cabelos cacheados e olhos castanhos, dona de um largo sorriso e um olhar meigo.
Quando pequena, sonhava com a possibilidade de um dia poder salvar pessoas através da Medicina. Contudo, após uma longa jornada na escola, optou pelo curso de Jornalismo, na Universidade Federal do Tocantins. O Jornalismo não é exatamente seu maior sonho, pois pretende ainda cursar a faculdade de Direito na mesma instituição de ensino.

Essa garota cativante, compreensiva e - permita-me acrescentar - muito simpática e inteligente, diz também ser chata e mandona. Essa garota, de apenas 19 anos, estuda e trabalha. Ao ver seu nome na lista dos convocados para a realização da matrícula no semestre de 2020/1 na Universidade, sentiu uma alegria gigantesca e estava louca para começar aquele novo ciclo.
Entretanto, um evento bizarro aconteceu. A pandemia de Covid-19 transformou brutalmente não somente a vida e a rotina de Ana Carolina, que adora ficar em casa e assistir séries, ouvir música e sair com os amigos, mas literalmente, do mundo inteiro. E, desde março de 2020, os corredores da Universidade já não são os mesmos.
Ana Carolina, essa menina forte, cheia de coragem, que para realizar seus sonhos, teve de ir morar sozinha na capital do estado, Palmas, sentiu tristeza, medo e ansiedade durante a pandemia. Apesar da saudade que sente de seus entes queridos e da angústia que vivencia todos os dias durante este período, consegue lidar com este momento tão singular e empenha-se em ver seu lado positivo, afinal, querendo ou não, este é um momento histórico. Para se ocupar, vem trabalhando e estudando com afinco.
Essa garota, que tem um coração enorme, não vê a hora de poder sair sem medo pelas ruas, estar numa roda de amigos e conversar relaxadamente. Deseja retornar à sua vida de antes, voltar a caminhar pelos corredores da Universidade que hoje estão vazios, mesmo que para isso, tenha que pegar o ônibus da linha 0.90 lotado todos os dias.
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